A vida vale 3 minutos?
Assistindo a um filme ontem,
me veio uma reflexão ótima, vou compartilhar aqui com vocês, até para
movimentar esses Cachos que estão ao vento (dã dã) há um bom tempo. :P
O filme era “Os Intocáveis”,
filme ótimo que por si só já leva à reflexão sobre preconceitos culturais,
amizade e possibilidade de sermos abertos com aqueles que não são
necessariamente da “nossa turma” – entre outras, mas a reflexão aqui nesse post
é outra. Logo em uma das primeiras cenas, Driss e o Phillip andam de carro,
escoltados por policiais, e Driss coloca uma música no som, daquelas de sair
cantando e sendo feliz até o som baixar por completo. A música é September, da
banda da época da Disco, Earth, Wind & Fire. Impossível não se contagiar,
estou aqui inclusive escrevendo, ouvindo e balançando a cabeça. Teste você
também se consegue passar ileso, aqui.
A questão é que no filme,
você se envolve naqueles 3 minutos e pouco, se imagina dentro do carro e
naqueles minutos, não importava a história de cada um, se Driss tinha problemas
familiares ou o Phillip não possuía movimento corporal com exceção da cabeça.
Naqueles 3 minutos e pouco eles eram os caras mais felizes que poderia haver.
Me lembrei então de outra cena clássica do cinema que me comove e também me faz
ter a mesma sensação, no filme Stepmom, ou “lado a lado” em português. Susan
Serandon, inigualável – ok, sou fã mesmo, cantando com os filhos “Ain’t no
montain high enought”, que você ouve aqui. Impossível não se contagiar, além de
todo o drama da história, claro. Mas no final, as crianças repetem a cantoria
com a stepmom, no caso, nada menos que Julia Roberts, igualmente envolvente, veja
só a cena aqui.
Enfim, a reflexão que tomou
conta de mim é que tem momentos na vida que representam muito naquele instante,
mesmo que seja 3 minutos! Me lembrei então de quando desci na maior montanha
russa do mundo, nos Estados Unidos, durou exatos 3 minutos e foi inesquecível,
olhe que já fazem sei lá quantos anos (claro que sei, mas não vou falar por
questões de – deixem pensar que sou xóvem :P). Lembrei ainda de vários outros
momentos assim, curtos, que passei com pessoas queridas e até sozinha mesmo –
quantas vezes não dancei sozinha com o som nas alturas, com a escova na mão
imitando um microfone e olhando para o espelho – meu público? Louca? Talvez.
Mas naquele momento, uma das pessoas mais felizes, pode apostar. E, na boa,
faço isso até hoje. Danço, canto, faço munganga, enfim, a vida é uma só e o
nome disso é liberdade, sem recatos, por favor. Tem tanta coisa ainda que
acontece em 3 minutos que podem ser perfeitos, como um beijo “daqueles”, uma
ligação com alguém que mora longe e por aí vai.
O importante é, a vida é
curta, a vida é feita de momentos. Eles duram 3 minutos, 15 minutos ou 1 hora.
Acho que o desafio é sempre vivermos 100% esses momentos e não – como acontece
muitas vezes – vivermos um momento que pode ser inesquecível com a cabeça em
outro lugar, preocupada com outra coisa e – pior – pensando em algo que
acontecerá dali adiante, sem estar "inteiro" ali. A vida é agora, é clichê demais, eu sei, mas insisto, a
partir do momento em que vivamos esses 3 minutos com a intensidade que merece,
sempre valerá a pena. É o tal do “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Post dedicado às grandes
almas. ;)
Comentários
Nem cliquei nos links que é pra ter o prazer de ler de novo, num segundo momento, me surpreendendo com cada minuto de releitura (que será novamente nova).
Você tá ficando uma profissional :P
Amei demais, se é que você me entende... ;)