Tinha um gatinho no meio do caminho

Poderia ter sido uma pedra, mas foi um gatinho.

Ontem na volta pra casa, caminho habitual, ônibus habitual, situação inusitada. O ônibus simplesmente para no meio da rua. Pensa-se logo em buracos, bêbados, moto caída no chão, batidas ridículas. Não, era um filhotinho de gato bem no meio da rua. O motorista ficou esperando ele sair, mas o coitado deveria ter horas de vida e só olhava temeroso para aquelas luzes apontadas para ele. Não, ninguém ficou com raiva por causa do atraso, todos olhavam com compaixão, até que um senhor pediu para abrir a porta e tirar o gatinho do meio do caminho. Foi lá, pegou cuidadoso e o devolveu à mãe, que estava escondida na moita ao lado. O ônibus seguiu seu caminho habitual.

Essa cena reforça a importância do amor pelo próximo, próximo esse que pode ser outro ser humano ou um bichinho ou até mesmo uma planta. O sentimento de paz interna e serenidade é tão grande, que cura 'quase' tudo. E me convenço cada vez mais que esse é o caminho. Jesus já dizia, Gandhi já dizia, Madre Tereza já dizia.

E não me perguntem porquê, mas me lembrei muito dessa música de Lenine:

O Dia Em Que Faremos Contato
(Lenine E Braulio Tavares)

A nave quando desceu, desceu no morro
Ficou da meia-noite ao meio-dia
Saiu, deixou uma gente
Tão igual e diferente
Falava e todo mundo entendia

Os homens se perguntaram
Por que não desembarcaram
em São Paulo, em Brasilia ou Natal?
Vieram pedir socorro
Pois quem mora lá no morro
Vive perto do espaço sideral

Pois em toda via láctea
Não existe um só planeta
Igual a esse daqui
A galáxia tá em guerra
Paz so existe na terra
A paz começou aqui

Sete Artes e dez mandamentos
Só tem aqui
Cinco sentidos, terra, mar, firmamento
Só tem aqui
Essa coisa de riso e de festa
Só tem aqui
Baticum, ziriguidum, dois mil e um
Só tem aqui

A nave estremeceu, subiu de novo
Deixou um rastro de luz do meio-dia
Entrou de volta nas trevas Foi buscar futuras levas
Pra conhecer o amor e a alegria

A nave quando desceu, desceu no morro
Cheia de ET vestido de Orixá
Vieram pedir socorro
E se deram vez ao morro
Todo o universo vai sambar...

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