Sigilo de Fonte

Um pouco da poesia que estou descobrindo, de Paulo Leminski:

Quem há de dizer das linhas
que as ondas armem e não armem?
Quem há de dizer das flâmulas,
lágrimas acesas, tantas lâmpadas,
milagres, passando rápidas?
Diga você, já que se sabe
que nem tudo na água é margem,
nem tudo é motivo de escândalo,
nem tudo me diz eu te amo,
nem tudo na terra é miragem.

Signos, sonhos, sombras, imagens,
ninguém vai nunca saber
quantas mensagens nos trazem.

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