A curiosidade que não mata gato algum
Há males que vem para o bem, já diriam todas as avós do mundo. Foi graças a uma cólica do além que não consegui dormir e pude conferir a entrevista de Amos Oz no Roda Vida da última segunda-feira, dia 02 de janeiro.
Não conhecia nem tinha jamais ouvido falar. Mas tudo bem, não há tempo perdido que não se ganhe lá na frente. Amos é hoje o escritor israelense mais influente do seu país, nascido em Jerusalém, é ainda co-fundador do movimento pacifista israelita Schalom Achschaw (Peace Now), mesmo tendo lutado na Guerra dos Seis Dias. Hoje, ele defende que a batalha no oriente médio não é entre os judeus e árabes e sim entre fanáticos e os outros.
Pesquisando um pouco sobre ele, vi também que poucos autores escrevem com tanta compaixão e clareza sobre as agruras presentes e passadas de Israel. Me pareceu uma literatura simples que consegue alcançar as coisas mais complexas, é só ouvir o seu inglês, cheio de sotaque, pra sentir isso.
Logo no início da entrevista, me surpreendo e abro um sorriso com essa declaração: “contar histórias tem a ver com curiosidade. Acredito muito na curiosidade. Acredito que a curiosidade é uma virtude moral. Acho que a pessoa curiosa é uma pessoa melhor do que a que não é. E até um melhor amante do que a não-curiosa”. Lembrem-se disso quando for criticar alguém por ser ‘curiosa demais’. ;)
Outra coisa que me chamou atenção foi um dos diálogos dos seus livros:
- Por que você saiu da sua terra?
- Pra esquecer.
- Pra esquecer o quê?
- Esqueci.
Segundo ele, é importante esquecer as coisas ruins para seguir adiante, mas jamais apagar da memória o porquê disso. Pode levar pra análise, se preferir.
Bom, Amoz já está na minha lista de próximos livros a adquirir (quem quiser me presentear, fique à vontade). Para quem tiver também “curiosidade”, destacam os romances Meu Michel (2002), Conhecer uma mulher (1992) e Pantera no porão (1999), que exploram a persistência do amor durante a guerra.
Quem tiver também "curiosidade" (desculpa gente, mas agora mais do que nunca me orgulho de ser uma curiosa-nata :P) de assistir à entrevista no Roda Viva na íntegra, aqui vai:
Não conhecia nem tinha jamais ouvido falar. Mas tudo bem, não há tempo perdido que não se ganhe lá na frente. Amos é hoje o escritor israelense mais influente do seu país, nascido em Jerusalém, é ainda co-fundador do movimento pacifista israelita Schalom Achschaw (Peace Now), mesmo tendo lutado na Guerra dos Seis Dias. Hoje, ele defende que a batalha no oriente médio não é entre os judeus e árabes e sim entre fanáticos e os outros.
Pesquisando um pouco sobre ele, vi também que poucos autores escrevem com tanta compaixão e clareza sobre as agruras presentes e passadas de Israel. Me pareceu uma literatura simples que consegue alcançar as coisas mais complexas, é só ouvir o seu inglês, cheio de sotaque, pra sentir isso.
Logo no início da entrevista, me surpreendo e abro um sorriso com essa declaração: “contar histórias tem a ver com curiosidade. Acredito muito na curiosidade. Acredito que a curiosidade é uma virtude moral. Acho que a pessoa curiosa é uma pessoa melhor do que a que não é. E até um melhor amante do que a não-curiosa”. Lembrem-se disso quando for criticar alguém por ser ‘curiosa demais’. ;)
Outra coisa que me chamou atenção foi um dos diálogos dos seus livros:
- Por que você saiu da sua terra?
- Pra esquecer.
- Pra esquecer o quê?
- Esqueci.
Segundo ele, é importante esquecer as coisas ruins para seguir adiante, mas jamais apagar da memória o porquê disso. Pode levar pra análise, se preferir.
Bom, Amoz já está na minha lista de próximos livros a adquirir (quem quiser me presentear, fique à vontade). Para quem tiver também “curiosidade”, destacam os romances Meu Michel (2002), Conhecer uma mulher (1992) e Pantera no porão (1999), que exploram a persistência do amor durante a guerra.
Quem tiver também "curiosidade" (desculpa gente, mas agora mais do que nunca me orgulho de ser uma curiosa-nata :P) de assistir à entrevista no Roda Viva na íntegra, aqui vai:
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