Flexibilidade deveria vir incluso direto da "fábrica"
Cada vez mais tenho a impressão de que a flexibilidade é um dom. Hoje em dia a pessoa cresce na obrigação de ter opinião formada sobre tudo, seguir regras em casa, no trabalho, na rua, no shopping e por aí vai...
Nada contra regras, sou a favor da dispciplina e do mínimo de ordem, mas que, pelamordedeus, não precise podar a liberdade do cidadão, possuidor (em tese) de livre arbitrio, ou ao menos, deveria ter, inclusive para julgar o que é certo e errado. Ah, e outra coisa que regras não deveriam podar: a capacidade de pensar e raciocinar!
Tudo isso porque passei por um perrengue no aeroporto de Guarulhos essa semana que, graças a minha capacidade de contar até mil, não arranquei todos os meus cachos. Mas cheguei a imaginar o que tem sido feito da humanidade, tolhida de um simples pensar, é tudo automático!
Mas vamos ao 'causo'... Fazendo conexão (outro atraso de vida) em Guarulhos, me mandam ir para o embarque internacional porque o destino final do vôo seria Buenos Aires e eu ficaria na primeira escala, Curitiba. Ok.
Faltando 20 minutos para o vôo sair: a moça não muito simpática da Infraero(aliás, entendo perfeitamente porque as pessoas naquele aeroporto não são tão simpáticos) me manda colocar um adesivo no cartão de embarque, que, supostamente, era para a Gol ter feito. Detalhe que eu estava ao lado de um garoto colombiano - pode ser que ela tenha visto um mesmo 'pacote', vai saber, a cabeça do ser humano me surpreende...
Faltando 15 minutos para o vôo sair: lá vai Rafa falar com a moça da Gol que passa na hora e que manda resolver no balcão da Gol (ali no canto). "Ah, era pra ter colocado desde o início esse adesivo, agora a sra. tem que ir no balcão do outro lado, que é o chek in internacional". Ok. Lá vai Rafa pro outro lado (depois de driblar mulçumanos, espanhois, indianos, argentinos...).
Faltando 7 minutos para o vôo sair: o rapaz do balcão internacional, único ao meu ver com capacidade de raciocínio, suspeitou que eu estava ali de graça e foi falar com o supervisor. Depios de mais alguns minutinhos, ele volta dizendo que não precisa messsmo do adesivo! Ok, o fiz correr junto comigo para o embarque, ok, resolvido.
Faltando 4 minutos para o vôo sair: fila ernome para o raio x, saí praticamente suplicando que me deixassem passar, pois estava prestes a perder o vôo. Passando o raio x correndo, mais uma vez, a Infraero, uma outra moça também não muito simpática, me informa que não posso levar o shampoo e condicionador, pois é um vôo internacional. Pensei em começar a argumentar e explicar que eu iria ficar nos limites verdes e amarelos e desceria no Paraná, mas não tinha tempo. Abri a mala e entreguei meus pertences à moça. "Posso descartar?". Saí correndo e falando "Moça, eles estão cheios e são caros, aproveite!".
Ai ai paciência santa. Tanta correria, tanto movimento, tanta energia só porque as pessoas teimam em usar cabresto e esquecem que nem tudo é o que parece ser, nem tudo é definitivo e que TUDO pode ser flexibilizado.
Ah, sim, deu tempo de voar rumo à Buenos Aires.
Nada contra regras, sou a favor da dispciplina e do mínimo de ordem, mas que, pelamordedeus, não precise podar a liberdade do cidadão, possuidor (em tese) de livre arbitrio, ou ao menos, deveria ter, inclusive para julgar o que é certo e errado. Ah, e outra coisa que regras não deveriam podar: a capacidade de pensar e raciocinar!
Tudo isso porque passei por um perrengue no aeroporto de Guarulhos essa semana que, graças a minha capacidade de contar até mil, não arranquei todos os meus cachos. Mas cheguei a imaginar o que tem sido feito da humanidade, tolhida de um simples pensar, é tudo automático!
Mas vamos ao 'causo'... Fazendo conexão (outro atraso de vida) em Guarulhos, me mandam ir para o embarque internacional porque o destino final do vôo seria Buenos Aires e eu ficaria na primeira escala, Curitiba. Ok.
Faltando 20 minutos para o vôo sair: a moça não muito simpática da Infraero(aliás, entendo perfeitamente porque as pessoas naquele aeroporto não são tão simpáticos) me manda colocar um adesivo no cartão de embarque, que, supostamente, era para a Gol ter feito. Detalhe que eu estava ao lado de um garoto colombiano - pode ser que ela tenha visto um mesmo 'pacote', vai saber, a cabeça do ser humano me surpreende...
Faltando 15 minutos para o vôo sair: lá vai Rafa falar com a moça da Gol que passa na hora e que manda resolver no balcão da Gol (ali no canto). "Ah, era pra ter colocado desde o início esse adesivo, agora a sra. tem que ir no balcão do outro lado, que é o chek in internacional". Ok. Lá vai Rafa pro outro lado (depois de driblar mulçumanos, espanhois, indianos, argentinos...).
Faltando 7 minutos para o vôo sair: o rapaz do balcão internacional, único ao meu ver com capacidade de raciocínio, suspeitou que eu estava ali de graça e foi falar com o supervisor. Depios de mais alguns minutinhos, ele volta dizendo que não precisa messsmo do adesivo! Ok, o fiz correr junto comigo para o embarque, ok, resolvido.
Faltando 4 minutos para o vôo sair: fila ernome para o raio x, saí praticamente suplicando que me deixassem passar, pois estava prestes a perder o vôo. Passando o raio x correndo, mais uma vez, a Infraero, uma outra moça também não muito simpática, me informa que não posso levar o shampoo e condicionador, pois é um vôo internacional. Pensei em começar a argumentar e explicar que eu iria ficar nos limites verdes e amarelos e desceria no Paraná, mas não tinha tempo. Abri a mala e entreguei meus pertences à moça. "Posso descartar?". Saí correndo e falando "Moça, eles estão cheios e são caros, aproveite!".
Ai ai paciência santa. Tanta correria, tanto movimento, tanta energia só porque as pessoas teimam em usar cabresto e esquecem que nem tudo é o que parece ser, nem tudo é definitivo e que TUDO pode ser flexibilizado.
Ah, sim, deu tempo de voar rumo à Buenos Aires.
Comentários
eu sou tão inflexível que seria capaz de perder o vôo, mas não perderia meu xampu. com o condicionador? nem louco!
é cada uma que aparece...
rafa, parabéns pela paciência. ah, daria um doce pra ver sua cara dizendo pra ela "é caro". ahuahuahuhauh
ótimo!
beijos,
belle