História para os meus netos

No início desta semana tive uma boa surpresa com a capa da Época. Talvez tenha sido o branco, que quase sempre me agrada.
Copenhague assusta. Mais que sua realização, a urgência das decisões é que nos deixa ainda mais inquietos. Vejo-me daqui a alguns anos com os meus netos abrindo o livro de geopolítica e lá um tópico sobre a COP15. E aí entra a vó – eu, no caso –, contando uma daquelas repetidas histórias dos mais velhos:
“Nessa época eu era jovem e cheia de sonhos. Tudo que eu queria era adiar o casamento e viver depressa. Queria os resultados numa velocidade 5 e eles só me chegavam na 2, isso quando chegavam. Nesse tempo de Copenhague, (...)”.
Espero terminar a história de vó com um final feliz. Só assim sentirei o orgulho necessário dos contos dos mais velhos, mesmo que ao final da conversa meus netos já estejam no estágio mais profundo do sono. Pelo menos o mundo estaria a salvo e eu dormiria tranquila que nem faz a maioria das avós.
Comentários