O dever da resposta

Foto: Fidalgo Pedrosa (olhares.com) - Fotografia Online


A partir do momento em que saímos do confortável ventre de nossas mães, precisamos dar respostas. Sim, não, obrigada, discordo, buá. Pra tudo necessitamos de retorno, uma explicação, uma justificativa.
E se não quisermos dar? “Menina, não foi essa a educação que te dei!”.
Sim, a resposta tem que vir.

Nessa trajetória comunicacional, fazemos escolhas e a cada momento nos é exigido uma resposta apontando a certeza de cada uma delas. Tristes dos que nem escolhas podem fazer; porém, mesmos destes, que não têm chance de optar, o mundo exige uma resposta (ou várias).

O conflito bate mesmo é quando chega aquela velha idade em que nos sentimos no direito de não dar resposta pra ninguém. É a época da enganação. Sim, porque é justamente neste momento em que o mundo passa a exigir mais de nós. A partir daqui, as nossas respostas não podem mais ser monossilábicas; necessitam de fundamento e precisão. E ai de quem nelas não empregar objetividade.

É assim que crescemos. Cheios de respostas pra dar e um mundo de dúvidas na cabeça.
Esses nossos questionamentos, quem irá responder? O Guru da faculdade, o pastor que prega no templo em frente à minha casa, as avós, do alto de sua sábia experiência, os livros enfileirados da estante, Deus ou a vendedora de pimentões do mercado?

Dou um doce pra quem me responder.

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