É pra isso que vivemos

Outro dia me lembrei de uma cena do filme "Sociedade dos poetas mortos", um dos filmes que estão na minha lista pessoal dos preferidos e que foram/são importantes durante toda a vida. Inclusive, a expressão "Carpe Diem", hino do filme do início ao fim, foi dita, repetida e vivida desde minha adolescência e até hoje tento incorporar esse espírito diaritamente. Seize the day!
A cena que veio à mente foi a que o professor vivido por Robin Williams (Capitain oh my capitain), sobe na mesa no meio da aula e diz:
"Estou em pé nesta mesa porque devemos mudar constantemente a nossa visão.Quando você acha que sabe alguma coisa, experimente olhar por outro prisma"
E daí todos os meninos também sobem na mesa, observando de fato o quanto a mudança de ângulo, de prisma faz com que a percepção mude. É a mesma coisa a ser vista, o mesmo objeto, a mesma situação, a mesma pessoa, mas tente olhar de um novo lugar, tente observar de uma forma diferente e até mais atenta. Olhar as coisas com uma outro prima às vezes muda tudo, tranquiliza, afaga, ilumina e engradece e, claro, nos proporciona novas perspectivas.
Já que estou falando nesse clássico, há ainda outra passagem que me emociono. Me emociono porque amo poesia, porque amo as palavras e, mais que tudo, porque amo a vida, com todos os seus pormenores.
“Não lemos nem escrevemos poesia porque é bonitinho”. Lemos e escrevemos poesia porque somos humanos.
A raça humana está repleta de paixão.
Medicina, advocacia, administração... São objetivos nobres
E necessários para manter-se vivo.
Mas a poesia, beleza, romance e o amor...é para isso que vivemos”
Afinal, de que adiantam tantos números, tantos relógios, tantos paradigmas, tantas reuniões, tantas mesas de bar, tantos conhecidos, se esquecemos de sentir e viver essa poesia e beleza em tudo a nossa volta?
É pra isso que vivemos.
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