Velho Recife Novo
Projeto Novo Recife no Cais, quatro novos viadutos transversais na Av. Agamenon Magalhães, via mangue, cidade da copa, Dantas Barreto, obras, obras, obras. Recife está crescendo num ritmo absurdo, o medo é que seja "de qualquer jeito". Esse video traz uma reflexão interessante sobre a cidade, ou as cidades, é ciência, engenheiros, arquitetos e historiadores falam das mudanças, o que pode ocorrer, dentre as tantas coisas, a submersão da história de quase 500 anos de uma cidade.
Ainda estou formando opinião, mas são argumentos fortes que me fazem questionar e refletir sobre as decisões mais recentes tomadas pelos governos estadual e municipal. A mobilidade sempre foi ruim para as pessoas de baixa renda, agora que incomoda a classe média tornou-se manchete, literalmente, pois no jornal de amanhã (domingo, 29), o Diário de Pernambuco traz matéria de capa com foto do engarrafamento de carros e, ao lado, um ônibus quase vazio. Eu mesma já chorei em um engarrafamento, uma amiga também confessou que já chorou. Porque é angustiante, é triste perceber o caos. Numa malha de apenas 30km para transporte público, o engenheiro fala que é necessário 200 a 300km.
Amo minha cidade, isso não é segredo pra ninguém, amo perceber seus espaços públicos, utilizá-los, respirá-los. Recife merece ser cuidada - ou cuidado? Na dúvida, "minha cidade do Recife", vai ser feminina - merece atenção, merece a discussão. A cidade realmente não pode parar e deve sim estar de braços abertos à modernidade, sem perder a marca, a identidade secular, é preciso saber crescer, acompanhar a transformação de uma forma mais planejada e não apenas no calor da "gestão". Descobri que pagamos hoje o preço pela intervenção na Dantas Barreto, feita há décadas atrás, não quero pagar no futuro pelo que está sendo decidido hoje e, mais, quero que meus filhos, sobrinhos, netos possam usufruir de uma Recife linda, com paisagens que respiram história, que respiram cultura, que traduz todo um povo no próprio povo.
Vamos lá, basta clicar, ver, refletir... ;)
Ainda estou formando opinião, mas são argumentos fortes que me fazem questionar e refletir sobre as decisões mais recentes tomadas pelos governos estadual e municipal. A mobilidade sempre foi ruim para as pessoas de baixa renda, agora que incomoda a classe média tornou-se manchete, literalmente, pois no jornal de amanhã (domingo, 29), o Diário de Pernambuco traz matéria de capa com foto do engarrafamento de carros e, ao lado, um ônibus quase vazio. Eu mesma já chorei em um engarrafamento, uma amiga também confessou que já chorou. Porque é angustiante, é triste perceber o caos. Numa malha de apenas 30km para transporte público, o engenheiro fala que é necessário 200 a 300km.
Amo minha cidade, isso não é segredo pra ninguém, amo perceber seus espaços públicos, utilizá-los, respirá-los. Recife merece ser cuidada - ou cuidado? Na dúvida, "minha cidade do Recife", vai ser feminina - merece atenção, merece a discussão. A cidade realmente não pode parar e deve sim estar de braços abertos à modernidade, sem perder a marca, a identidade secular, é preciso saber crescer, acompanhar a transformação de uma forma mais planejada e não apenas no calor da "gestão". Descobri que pagamos hoje o preço pela intervenção na Dantas Barreto, feita há décadas atrás, não quero pagar no futuro pelo que está sendo decidido hoje e, mais, quero que meus filhos, sobrinhos, netos possam usufruir de uma Recife linda, com paisagens que respiram história, que respiram cultura, que traduz todo um povo no próprio povo.
Vamos lá, basta clicar, ver, refletir... ;)
Velho Recife Novo from contravento on Vimeo.
Comentários
E eu só penso em fugir de tudo isso. Porque também chorei e lamento, sempre, este ponto a que chegamos e insistimos em chamar de civilização.
Por esses exemplos eu tenho fé mesmo. Quero que Recife um dia seja caminhável e respirável, quero poder usufruir de um patrimônio cultural e histórico com qualidade de vida. Enfim, é pra se discutir mesmo... ;)