Sex appeal

O Rio de Janeiro é a personalização do prazer. Estive recentemente a passeio na cidade e como uma boa nordestina me rendi ao encanto do lugar. Não só pela beleza dos morros, que lembram as curvas de um corpo (a cidade é uma pessoa), mas pelas obras de arte que a antiga capital do Brasil guarda, pelos seus prédios, que respiram o passado, e pelo seu valor empregado à História, resguardada com o carinho e o respeito que lhe são de direito. O Rio me encheu de prazer.

E ao passear pelo Centro, bem ao lado do Teatro Municipal (indico a visita) encontrei o telefone acima. Não resisti ao registro dessa pública e ousada materialização do prazer.

Ao entrar no museu mais próximo, de novo me deparo com a figura feminina, nua. Dessa vez menos vulgar, ou vendida, mas da mesma forma bela. A mulher despida de vestes, mesmo a mais puritana, já inspirou – e continua inspirando – poetas, presidiários, cantores, artistas plásticos e... blogueiros! Por isso, esse registro em homenagem a ela, símbolo de beleza da mais perfeita invenção do mundo, o ser humano.

Estudo de mulher, 1884 - Rodolfo Amoedo
Museu Nacional de Belas Artes – RJ


Quem ousará dizer que ele – o amor – é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?


O amor natural (1992)
Carlos Drummond de Andrade

Comentários

Rafa Britto disse…
Amei o post, Belle.
Eu estava pendente de fazer um sobre o Rio também, aliás, estivemos no mesmo fim de semana né?

Costumo dizer que o Rio de Janeiro não é uma cidade, é um esta do de espírito. :)
Isabelle disse…
eu até te procurei por copacabana, mas nada...

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